No dia 11.08.2014, teve início mais um Agosto Negro. Construído pelo Coletivo Vozes da Rua, do bairro Santa Cândida, pelo NAJUP Gabriel Pimenta, pelo MNU e pelas Candaces.
Com uma platéia plural e eclética, o auditório da faculdade Estácio de Sá ficou repleto de cultura e saber negros. E teve bom!
Teve Adenilde Petrina, historiadora e líder comunitária falando sobre o trabalho de emancipação da negritude de periferia com a Rádio Comunitária Mega e como o Agosto Negro chegou em Juiz de Fora.
Teve Tadeu, também historiador, traçando um breve mapa da violência no Brasil, e como o genocídio da população negra brasileira é um plano de mais de cem anos, sendo agora transformado em política pública de segurança.
Teve Paulo Azarias, sindicalista e militante do movimento negro falando sobre a violência contra o povo negro, que é física e identitária, cultural, e como ela vem desde a época da (falsa) abolição, a qual manteve o negro em situação de marginalidade e com seus direitos negados.
E teve muita cultura hip-hop, diretamente dos "becos e vielas, senzalas, favelas", mostrando que a periferia fala, ou melhor, GRITA as mazelas sociais que enfrenta, mas a sociedade fecha os ouvidos. Bem, ontem foi diferente!
E hoje tem mais, às 18h, na Escola Municipal Raymundo Hargrieves, no bairro Bom Jardim, Rua Luiz Fávero, n. 383, a "caravana" continua dando voz à periferia.
Uhuru!
(Liberdade em suaíle)
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